Logística Reversa:

O conceito da logística reversa está ligado diretamente aos materiais e produtos já em desuso que saem das mãos do cliente e voltam para empresa ao invés de ser descartados de forma irregular indo muitas vezes indo parar nos “lixões”.

    A proposta desse modelo é promover mais sustentabilidade com o retorno desse material a empresa evitará por exemplo de ir retirar na natureza novas matérias primas para nova produção e é nessa relação entre a empresa e o consumidor que os dois ganham e contribuem juntamente para o equilíbrio do meio ambiente.

Estamos mais habituados com os processos da logística convencional, que fazem a movimentação e o controle de estoque, o despacho de produtos e seu transporte, ou seja, todo o processo que parte da empresa para o cliente. Mas esse mesmo produto e os resíduos gerados a partir dele, como as embalagens, podem fazer o caminho contrário.

Por meio da logística reversa conseguimos dar a destinação para os materiais; sendo possível reaproveitá-los em novos processos, minimizando o consumo de recursos e matérias-primas. 

Você sabe que todas as empresas são responsáveis pelos Resíduos Sólidos que produzirem independente do tamanho ou tipo de empresa, mesmo de artigos  levados pelos clientes que adquirir seus produtos?    Para gerenciar seus resíduos é preciso praticar a logística reversa e assim  minimiza os impactos ambientais provocados por esses resíduos sólidos evitando que vão parar no lixo comum com o descarte, muitas vezes  irregular.

 Essa prática, da logística reversa quando bem gerenciada pode gerar ótimos benefícios com a redução nos custos de produção para a empresas.  Logo, trazem diferentes tipos de vantagens e benefícios.

Também evita que a empresa tenha prejuízos previstos na legislação como multas, interrupção na produção ou até suspensão ou fechamento da empresa pelo órgãos do ministério do meio ambiente. 

Todo cidadão deve conhecer e praticar a logística reversa de forma responsável e correta, compartilhando com empresa que produz qualquer bens por ele adquirido.  
Para que você conheça mais a fundo sobre a logística reversa, preparamos este artigo mostrando o que ela é e como funciona, sua importância e os tipos que existem.

Continue lendo e fique por dentro do assunto!

Qual Lei prevê a logística reversa?​

A logística reversa é regulamentada pela Lei nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, assim como pelo Decreto nº 7.404. Nesses documentos fica estabelecido que as empresas têm uma responsabilidade compartilhada pelos ciclos de vida dos produtos e a logística reversa.

Isso significa que cabe a elas adotar medidas que possibilitem fazer o gerenciamento dos resíduos gerados por seus próprios produtos, a fim de minimizar o impacto ambiental e promover a sustentabilidade.

Qual é a importância da logística reversa?

No Brasil são gerados quase 80 milhões de toneladas de lixo todos os anos? Isso mostra a importância da Política Nacional de Resíduos Sólidos, mas um outro dado revela que ainda existe muito a fazer, pois apenas 4% de todos esses resíduos são reciclados.

Com a logística reversa conseguimos mudar esse quadro, uma vez que ela incentiva a comunidade a promover a destinação correta de materiais e produtos. Além do menor impacto na natureza, essa prática movimenta a economia.

Portanto, a logística reversa possibilita:

  • minimizar a poluição do solo e das águas;

  • extinguir os lixões;

  • reduzir a ocorrência de doenças em função da poluição;

  • proteger ecossistemas e biomas;

  • reduzir o uso de recursos naturais;

  • promover o reaproveitamento de materiais;

  • diminuir o custo de produção para as empresas.

Além disso, empresas que adotam embalagens sustentáveis ou recicláveis e aquelas que praticam a logística reversa melhoram sua imagem no mercado. Demonstram responsabilidade socioambiental e, com isso, cativam o consumidor ganhando o respeito dos concorrentes.

O quê uma empresa deve saber sobre a Logística Reversa?

​Você sabe o que é a logística reversa? 

  • Porque devo saber?  

  • Qual a consequência para as  empresas? 

  • Quais vantagens para o meio ambiente e a sustentabilidade?

Fique por dentro com esse material que preparamos e saiba como gerar valor para o seu negócio e para nosso planeta. 

A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é o instrumento legal e de grande  importância para o País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.

Criada com as normas para lidar com o impacto das embalagens e de outros produtos comercializados pelas empresas.

A prática regular da logística reversa é uma forma de se posicionar dentro da sustentável consciente, ganhando posição competitiva em relação àquelas empresas que ainda não cumprem a legislação. 

O que é a Logística Reversa?

A logística reversa  visa o direcionamento das embalagens pós-consumo e de materiais, como pneus, lâmpadas, pilhas, baterias para a reciclagem ou para a obtenção de energia.

Ou seja, aquilo que é descartado e teria como destino os aterros e lixões, gerando grande impacto ambiental negativo, é levado para centros de triagem, através da reciclagem.

Após a triagem realizada, os materiais são direcionados para de reaproveitamentos, retornando ao ciclo produtivo, evitando maiores problemas para o meio ambiente. 

Assim, os preceitos legais citados pela PNRS, Lei 12.305/10, estarão sendo observados a partir da restituição dos resíduos sólidos que serão reaproveitados na cadeia produtiva de seu ciclo evitando extração de matéria prima virgem. 

Para isso ocorrer, foi instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto, estendida à toda cadeia: desde a extração da matéria-prima, a produção, o consumo até o descarte final. 

Dessa forma, a responsabilidade de uma empresa não termina quando comercializa seu produto, entregando ao consumidor, mas, apenas, quando a empresa consegue retornar os resíduos para a cadeia produtiva.

Quais empresas precisam realizar a Logística Reversa?

A resposta é bem simples: Todas.

A PNRS, que regula a Logística Reversa, determina que é responsabilidade de cada um dos atores, e cada Estado deve fiscalizar o cumprimento dessa regulamentação através dos órgãos reguladores e fiscalizadores.

Alguns estados já exigem a comprovação da Logística Reversa para a expedição ou renovação da licença de operação em vários tipos de comercialização que possam provocar algum dano ao meio ambiente. Além da obrigatoriedade da apresentação do Relatório Anual de Resultados do Sistema de Logística Reversa. 

No estado do Mato Grosso do Sul todas as empresas que não exibiram comprovação da Logística Reversa. 

Também no Amazonas é requisito para o licenciamento ambiental desde 2020, a adesão ao Sistema de Logística Reversa no estado é requisito junto ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

Existe meta a atingir?

Sim, mas ela é progressiva.

Hoje quantidade mínima é de 22% de todas  embalagens comercializadas no ano de referência, que uma empresa precisa comprovar em relação à Logística Reversa, no entanto, conforme a diretriz da PNRS,  essa meta vai aumentando e espera-se até o ano de 2031, deve ser reduzido em até 45% dos materiais recicláveis descartados em aterros ou céu aberto. ​

O que fazer se as embalagens não voltarem para o pós-consumo?

As empresas tem aceitado de forma maravilhosa a logística reversa pós-industrial, pois traz benefícios para todos, do contrário, os resíduos  sólidos ocupariam mais espaço físico na empresa e teriam de eles mesmos dar  um destino.

A responsabilidade compartilhada definida na Política Nacional de Resíduos Sólidos é de que as empresas se mobilizem e, se isso aumentar o custo de produção, que esse valor seja repassado no produto para o consumidor.

Até parece que isso seria uma problema se eu aumentar os custo aos consumidor final, mas na verdade será uma ótima oportunidade, pois isto estará diferenciando esse empresário e declarando que é um verdadeiramente sustentável.

Muitas empresas pensam na sustentabilidade como custo e se colocam como um competidor no mercado, quando deve ver como realmente é, um investimento, porque em primeiro lugar gera uma rede em sua volta o aumento do consumo consciente e em segundo lugar estará cumprindo as legislações ambientais em vigor.

Veja a logística reversa de embalagens através da compensação ambiental e isso funciona com a responsabilidade compartilhada e traz benefícios gerais.​

Logística Reversa para os diferentes segmentos (de pneus a medicamentos)

​É importante saber que há muitos outros segmentos de Logística Reversa. A diferenciação se dá pelo tipo de resíduo em questão. Veja alguns que destacamos.

Antes da PNRS, já havia a Logística Reversa para:

  • pneus inservíveis;

  • embalagens de agrotóxicos;

  • óleo lubrificante usado ou contaminado e;

  • pilhas e baterias.

​A PNRS veio para definir as diretrizes e instrumentos para os tipos de materiais que causavam impacto ambiental, econômico e social, e ainda assim, não tinham legislação definida. São eles:

  • embalagens plásticas de óleos lubrificantes;

  • lâmpadas fluorescentes e de luz mista;

  • produtos eletroeletrônicos e seus componentes;

  • embalagens em geral e;

  • resíduos de medicamentos e suas embalagens.

Quem regula tudo isso?

A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), além das leis e normas dos estados e dos municípios que cada tem seu órgão regulador próprio para acompanhar e até cobrar o cumprimento legal. 

Mesmo quem transporta e vende mercadorias também tem de elaborar o plano de gestão de resíduos, para evitar penalidades. 

Para manter um controle desses atores da cadeia, após o lançamento da PNRS, o governo federal criou uma plataforma digital para reunir todas as informações mais relevantes a respeito dos principais avanços.

É o SINIR (Sistema Nacional de Informações sobre Gestão de Resíduos Sólidos). Lá você pode verificar cada diretriz a respeito dos diferentes segmentos na logística reversa (pneus, medicamentos, lâmpadas e etc.).

A empresa tem de comprovar que faz a Logística Reversa?

Sim, naturalmente. 

A comprovação é primordial.

Toda empresa enquadrada na legislação tem de comprovar, para poder continuar  autuando normalmente e  juridicamente correta. 

É importante que a  forma adotada da logística reversa tenha  um método eficiente para comprovação de que pelo menos 22% da massa de embalagens comercializadas por sua empresa esteja sendo reciclada corretamente. 

Para isso a empresa pode fechar parceria com empresas especializadas no recolhimento e destinação corretamente com comprovação das atividades em pró do cumprimento legal da logística reversa. 

A  logística reversa no Brasil

Como a logística reversa é complexa, o retorno não deveria ser onerado. O poder público deve sim abrir caminhos para que a PNRS seja cumprida.

As oportunidades para aplicação, no entanto, não faltam. Investindo na cadeia de reciclagem, criando uma sintonia com a economia solidária, gerando oportunidades e remuneração para catadores e cooperativas que se envolvam.

Várias diferenças do Brasil podem ser um motivador, já que a particularidade de cada cidade ou região aumenta as possibilidades de geração de trabalho e renda. Vemos também que a responsabilidade compartilhada, pode reforçar o papel de cada ator na cadeia produtiva e da responsabilidade sustentável.

Essas parcerias e prática não trará apenas proteção jurídica e legalidade para uma empresa, mas, também cria uma imagem real e um rotulo forte na  marca da sustentabilidade e aproximará o público ainda mais engajado, como consumidores de seus produtos.

Pois todos já sabemos quanto o futuro está ameaçado por uma quase irreversibilidade da  mudança climática que traz grande preocupação mundial por sua consequência e ainda os bilhões de toneladas de lixo que poluem  nossos rios, mares e solos por todos lugares. 

Temos uma equipe de especialistas treinada à disposição e esperando você para sanar qualquer dúvida.
O atendimento é totalmente gratuito.

Diferentes tipos de logística reversa

Como consequência da aplicação da Lei 12.305/2010, tem ocorrido busca pelo conhecimento de exemplos de modelos. 

O constante crescimento dos diferentes tipos de logística reversa. Entretanto, este tema está associado a áreas  distintas, o que pode gerar confusão.

Queremos  identificar três importantes tipos de logística reversa e focaremos no principal sistema relacionado aos resíduos, suas vantagens e dentro do consumo acarreta em um grande aumento na geração de resíduos. 

A política de destinação adequada destes resíduos é uma prática que vem sendo bastante disseminada no Brasil e está se tornando cada vez mais conhecida dentro do ambiente empresarial. A logística reversa é um de seus principais pilares. Ela pode ser definida como a logística de recolhimento de produtos adquiridos pelos consumidores e seus respectivos resíduos, para destinação adequada. Dessa forma, é um termo abrangente que possui diferentes motivações e variações. Conhecer a definição dos diferentes tipos de logística reversa é importante para traçar as estratégias corretas e não fazer confusão sobre o tema pertinente à sua empresa. Conheça agora três diferentes variações deste sistema.

Logística Reversa Pós-Venda

A logística reversa pós-venda consiste no retorno de produtos após sua aquisição por alguma razão comercial ou descontentamento, porém antes de seu uso. Defeitos, arrependimento de compra e pedidos incorretos são exemplos de motivos para clientes solicitarem o recolhimento dos produtos. 

A logística reversa para o Reuso

O reuso é efetuado pensando na aquisição do produto pela empresa e sua posterior revenda após o uso do consumidor, sendo implementado através de leilões. É comum em empresas comerciantes de livros, automóveis e móveis. 

Logística Reversa Pós-Consumo

A logística reversa pós-consumo é o sistema que tem ganhado força nos últimos anos, uma vez que tornou-se obrigatória para alguns setores devido à Lei 12.305/2010.

Caracteriza-se pela coleta e encaminhamento à reciclagem (ou outra destinação adequada) de produtos e seus resíduos após o descarte do consumidor final.

Empresas fabricantes de produtos comercializados em embalagens, de uma maneira geral, costumam fazer implementar este sistema, uma vez que geram uma grande quantidade de resíduos e o setor possui forte regulamentação.

‍Quais empresas precisam fazer a logística reversa pós-consumo?

Dentre os principais tipos de logística reversa, a pós-consumo é a mais crescente e relaciona-se diretamente com o resíduo produzido pelo consumo dos produtos. O artigo 33 da Lei 12.305/2010 dita a obrigatoriedade do sistema para empresas fabricantes, importadoras, distribuidoras e comerciantes dos seguintes produtos:

 ·     Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens;

·     Pilhas e baterias;

·     Pneus;

·     Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

·     Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

·     Produtos eletrônicos e seus componentes;

·     Produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro;

·     Demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. 

Vantagens da Logística Reversa Pós-Consumo

Tendo em vista que uma grande variedade de resíduos ainda são despejados em aterros sanitários ou em locais inadequados, a logística reversa pós-consumo é uma ótima opção para a redução da poluição e seus respectivos impactos na saúde humana e no meio ambiente. Ela representa um estímulo à reciclagem, redução na exploração da matéria-prima virgem e diminuição na emissão de CO2.

Além das vantagens ambientais, esse sistema traz vantagens sociais. A logística reversa pós-consumo contribui na profissionalização, promove aumento de renda e impacta nas melhores condições de vida e trabalho dos catadores de materiais recicláveis.

Implementando a logística reversa pós-consumo, empresas também evitam possíveis passivos ambientais futuros. Os produtos passam a ter um viés sustentável, apresentando um novo diferencial competitivo e atraindo consumidores cada vez mais engajados. Dessa forma, o sistema pode apresentar vantagens econômicas.

‍Exemplos de Logística Reversa Pós-Consumo

​Há diferentes formas para implementar a logística reversa pós-consumo por uma empresa. Destacam-se:

Coleta em pontos de entrega voluntários – PEV´s

Os resíduos são coletados através de Pontos de Entrega Voluntários – PEV’s instalados em locais estratégicos, como comércios. O consumidor leva o material até o PEV e, após uma quantidade mínima reunida ou em uma data combinada, um operador logístico coleta o montante e o encaminha para a reciclagem. O processo é financiado pelas empresas fabricantes e/ou importadores, podendo firmar parceria com os comerciantes. É um sistema comum para produtos como pilhas e celulares.

Coleta por sistema itinerante junto ao comércio

​Normalmente, os resíduos são coletados diretamente no ponto de geração, sem chegar ao consumidor. Após o consumo do produto, seu resíduos são acondicionados até uma quantidade mínima ou determinada data previamente acordada, sendo coletado por um operador logístico e encaminhado à reciclagem. Este sistema é financiado pelos fabricantes e/ou importadores e costuma ser implementado em parceria dos distribuidores e/ou comerciantes. É comum em postos de gasolina ou concessionárias para resíduos de óleos lubrificantes ou pneus.

PEV, Coleta Seletiva ou Central de Triagem/Entidades de Catadores

​Neste caso, o resíduo é coletado através de Pontos de Entrega Voluntários, sistemas de coletas seletiva ou através do trabalho de catadores. Os materiais são coletados, triados e classificados em centrais específicas e vendidos para recicladores. O financiamento, direto ou indireto deste sistema, costuma ser realizado por empresas fabricantes de produtos comercializados em embalagens em geral, como o setor de bebidas, alimentos e cosméticos, ou pelas produtoras das próprias embalagens.

Pode-se dizer, inclusive, que é fruto deste processo o sistema de compensação de logística reversa, no qual empresas remuneram o serviço das cooperativas de reinserção das embalagens pós-consumo em processos produtivos através da aquisição das notas fiscais referentes à venda dos materiais para as recicladoras (conhecidas como Créditos de Logística Reversa ou Créditos de Reciclagem), fornecendo uma renda alternativa para os catadores.

Independente do sistema, a logística reversa só consegue ser bem implementada através de soluções estruturadas e engajadas com a responsabilidade compartilhada.